A mais de duas décadas o jornalismo brasileiro vive uma incógnita: assessor de imprensa é ou não é jornalista? Muitas são as barreiras e preconceitos que dividem o profissional da Redação e o que presta assessoria. O maior exemplo hoje no Brasil está na relação entre os jornalistas e a maior entidade representativa da classe: a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). O “jornalista de rua” critica a federação por, segundo eles, toda a atual diretoria ser formada por assessores de imprensa.
E, então, assessor de imprensa é ou não jornalista: na teoria sim. Afinal, o assessor também freqüenta a faculdade de comunicação. No mercado atual, é difícil encontrar algum jornalista que não tenha assessorado alguma entidade. Fora os âncoras das grandes empresas de comunicação, que têm grandes salários, a maioria dos jornalistas brasileiros ganha pouco e precisa se redobrar para ter uma renda a mais da que é ganha na Redação.
No Acre isso é mais do que comum. O profissional tem que “se virar nos 30” para ter uma renda mais “gorda” no final do mês. Daí surge outra questão: esse jornalista terá a liberdade de escrever o que quiser sobre o seu assessorado no jornal onde trabalha? Certamente não. Então a sua credibilidade está em jogo. Ele escolhe entre, prestar serviços à assessoria ou ficar na Redação.
O jornalista acreano Ilson Nascimento conhece bem essa história. Nascimento é o jornalista mais antigo em atividade no Acre. São três décadas dedicadas ao papel e a caneta. Ainda em 1972, ele começou a trabalhar ao lado de José Chalub Leite no jornal O Rio Branco. Lá, exercia a função de revisor. Da revisão partiu para a reportagem. Cinco anos depois, foi contratado como assessor de imprensa do governo estadual. Desde então, não largou o cargo. Assim que foi para o governo, Nascimento se desvinculou do jornal O Rio Branco.
E, então, assessor de imprensa é ou não jornalista: na teoria sim. Afinal, o assessor também freqüenta a faculdade de comunicação. No mercado atual, é difícil encontrar algum jornalista que não tenha assessorado alguma entidade. Fora os âncoras das grandes empresas de comunicação, que têm grandes salários, a maioria dos jornalistas brasileiros ganha pouco e precisa se redobrar para ter uma renda a mais da que é ganha na Redação.
No Acre isso é mais do que comum. O profissional tem que “se virar nos 30” para ter uma renda mais “gorda” no final do mês. Daí surge outra questão: esse jornalista terá a liberdade de escrever o que quiser sobre o seu assessorado no jornal onde trabalha? Certamente não. Então a sua credibilidade está em jogo. Ele escolhe entre, prestar serviços à assessoria ou ficar na Redação.
O jornalista acreano Ilson Nascimento conhece bem essa história. Nascimento é o jornalista mais antigo em atividade no Acre. São três décadas dedicadas ao papel e a caneta. Ainda em 1972, ele começou a trabalhar ao lado de José Chalub Leite no jornal O Rio Branco. Lá, exercia a função de revisor. Da revisão partiu para a reportagem. Cinco anos depois, foi contratado como assessor de imprensa do governo estadual. Desde então, não largou o cargo. Assim que foi para o governo, Nascimento se desvinculou do jornal O Rio Branco.
A mudança de ritmo entre uma Redação e a Assessoria não foi difícil para ele. “O processo de adaptação foi rápido”, diz. A diferença existe, é lógico. Para ele, assim como no governo, a liberdade das redações é vigiada. Ele completa: “Tanto na imprensa particular quanto no Estado, você tem liberdade vigiada. Todo veículo de comunicação tem sua linha editorial”.
Hoje, Nascimento trabalha como produtor na Rádio Difusora – veículo que integra o sistema público de comunicação do governo. Mesmo há muito tempo no rádio, ele não esconde: “Eu prefiro muito mais escrever do que falar. Mas eu falo sem problemas também”. Isso é um pequeno resquício da curta passagem pelo jornal O Rio Branco.
“Eu prefiro com toda sinceridade o jornal impresso. No radio você fica mais restrito. O radio é rápido. 30 segundos no radio é uma eternidade”. Para os focas, que chegam no rádio, ele dá a dica: “Eu oriento o pessoal que a reportagem deve ter no máximo um minuto e meio, quando for o governador ou presidente pode chegar até três minutos. Tem que ser tudo muito rápido”.
De acordo com o jornalista, precisa-se de muito mais informações no jornalismo impresso, para escrever um texto mais completo e elaborado. Além de produtor da Difusora, Nascimento atua como o Gatekeeper da rádio. Ele é quem “passa o olho nos textos” e dá o sinal verde para uma matéria ir, ou não pro ar. “Eu pauto, faço as correções de texto, vejo o que pode ou não ir”. Nascimento exerce um cargo de confiança. Aliás, exerce muito bem. Afinal ficar 30 anos numa mesma função dentro do Estado não é fácil.
Qual a receita de Nascimento para tanto tempo de carreira mesmo tendo passado tantos diferente partidos pelo poder? A resposta: “De quatro em quatro anos o governo muda. E você tem que ter crédito para passar por vários governos. O PMDB é uma coisa, PT é outra o PPS também. Eu consegui passar por todas esses partidos. Eu consegui um cargo de confiança e daí para cá sempre fui valorizado. O apartidarismo é a melhor receita”.
Para ele, a Assessoria de Imprensa do Governo serve justamente para zelar pela imagem do governo que sempre é alvo de criticas por parte da imprensa. Não existe censura nos veículos de comunicação do Acre, isso nas palavras dele. Mas quem atua nos jornais sabe que a realidade é outra.
Ainda para o jornalista da difusora, o preconceito constante que existe entre jornalistas e assessores nos grandes centros do Brasil, não acontece no Acre. “Eu acho que não. Eu acho que você tem que ser profissional. Não importa onde esteja, na floresta, no campo, tem que ser respeitado. Preconceito não existe. Eu não acredito”, pondera ele.
2 comentários:
Parabéns pelo blog...
Gostei muito
Olha, legal. Eu só conhecia ele de nome, e pela Rádio Difusora msmo (agora conheço de 'post'!).
Tem gnt q defende q assessor de imprensa deve ser um publicitários ou um relaçoes públicas. Mas eu acho q deve ser uma funçao de jornalista msmo.
E é dificil comparar o Acre com o resto do Brasil, não que aqui seja ultrapassado, desorganizado, sei lá, é q apenas a realidade aqui é outra... Posso estar enganada, mas eu acho que essas relaçoes de assessorias e jornalistas aqui em Rio Branco são mais bem resolvidas do q em outros lugares...
=)
Parabéns pelo blog pessoal!
bjinhos!
Postar um comentário