domingo, 30 de setembro de 2007

sábado, 29 de setembro de 2007

Desafio

O blog Ninguém Sabe propõe um desafio aos nossos leitores. Leia a frase a seguir e faça a pontuação correta usando apenas um ponto e duas vírgulas.
Ela queria tomar banho porque sua mãe disse ela traz a toalha.
Envie suas sugestõs de respostas que nós publicamos aqui. Divirta-se!!!

Feira do Sebo

Termina neste sábado (29), a terceira edição da Feira do Sebo, um projeto desenvolvido pela Prefeitura de Rio Branco, via Fundação Garibaldi Brasil, que envolve o Programa de Incentivo a Leitura, ações do Departamento Esportivo da FGB e outras atividades artísticas.
A tenda dos livros, que também oferece vinis, fica armada, no Mercado Velho, das 17h às 20horas. Além da venda e troca de livros, os prestigiadores poderão apreciar teatro de fantoches, exposição fotográfica de Rio Branco antiga, jogos de mesa, boa leitura e o pôr-do-sol a beira do Rio Acre.
A ação será interrompida apenas no Mercado, mas a Feira continua a ser exposta às segundas-feiras, no Parque Capitão Ciríaco, às terças-feiras, no Centro Cultural Lydia Hammes, no Aeroporto Velho, e as quartas-feiras, no Centro Thaumaturgo Filho, no Manoel Julião.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Dessa ele sabia!



O resultado do óbvio



Nesta quinta-feira, 27, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) divulgou o resultado de uma pesquisa realizada com mais de 2.000 bravos cidadãos brasileiros – pra agüentar tudo o que se passa por aqui tem que ser um Jó. Os números do estudo indicam algo que já é óbvio, e aposto que até o Lula sabia. Nós, cidadãos brasileiros, não confiamos nas instituições políticas desta nação. O interessante nisso tudo é que nem os nossos nobres homens públicos ficaram espantados com os dados. Segundo a AMB, mais de 80% dos nossos conterrâneos não confiam no Congresso Nacional. A reprovação à atuação da Câmara é de 83, 1%, e do Senado, de Renan Calheiros, o índice chega a 80,7%.
Motivos existem de sobra para números tão altos. O último episódio é o caso dos bois gordos (e fantasmas) e da jornalista passada o rodo de Calheiros. A absolvição do senador alagoano é tida como a morte da ética e da moral dentro dessa Casa legislativa tão importante e histórica que é o Senado.
Os brasileiros reprovam também o chamado foro privilegiado. Um instrumento que nada mais serve para proteger picaretas que estão dentro do poder legislativo. Eles tomam de seus mandatos como deputados ou senadores para praticar verdadeiros roubos aos nossos cofres! 79,8% dos entrevistados repugnam este instrumento selvagem que só faz alimentar a tão desprezível impunidade do Brasil. A impunidade é, aliás, um outro fator que alimenta a descrença do brasileiro em tudo. A desesperança que impede esse país de progredir.
Mas do outro lado da moeda, a Polícia Federal tem exercido um papel fundamental para tentar recuperar a confiança no tocante a punição aos assaltantes do nosso dinheiro que o Leão devora todo dia. O trabalho da PF é aplaudido por 75,5% dos pesquisados. Mas não adianta somente fazer estes operações de combate ao crime organizado! Tem-se que prender e deixar na cadeia, fora do convívio da sociedade estes bandidos responsáveis por mais de 10% da nossa população ainda ser analfabeta. Cadeia neles!
Aqui me atrevo a usar as palavras do nosso amado presidente, e dizer que nunca na história desse país as instituições estão com um descrédito tão grande ante a sociedade brasileira. Aposto que desses números Lula sabia. Não é possível que ao menos ela não tenha desconfiado de que o seu trabalho para livrar Renan da cassação tenha contribuído para e descrença da nação nos políticos.
Texto: Fabio Pontes

Vestibular UFAC 2008

Inscrições para o Vestibular 2008 da Universidade Federal do Acre (Ufac) permanecem abertas até o dia 8 de outubro. As provas serão realizadas nos dias 9 (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Biologia, Geografia, Matemática e Química) e 10 de dezembro (História, Física e Redação em Língua Portuguesa), com a divulgação do resultado final marcada para o dia 21 de janeiro.
Como leitura obrigatória dos candidatos foram indicadas as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), Seringal (Miguel Ferrante), Macunaíma – O herói sem nenhum caráter (Mário de Andrade), Vidas Secas (Graciliano Ramos), O Empate (Florentina Esteves), Laços de Família (Clarice Lispector), Álbum de Família (Nelson Rodrigues), José (Carlos Drummond de Andrade), Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) e Melhores Contos (Autran Dourado).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O oscar vai para...


A produção brasileira que tentará uma indicação na categoria de filme estrangeiro no Oscar 2008 é O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, com direção de Cao Hamburger. O roteiro do filme demorou quatro anos para ser feito e passou por quatro pessoas - o próprio Cao, Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani e Anna Muylaert.
O personagem central é Mauro (Michel Joelsas), que está na pré-adolescência no início da década de 70, quando seus pais são obrigados a viver na clandestinidade. O Brasil vivia a euforia da Copa de 70, quando o tricampeonato era dado como praticamente certo. É nesse cenário que o garoto é deixado na casa do avô (Paulo Autran, em pequena participação), no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Seus pais (Simone Spoladore e Eduardo Moreira) são obrigados a "sair de férias" por causa de suas ideologias políticas.
Mauro acaba se vendo sozinho quando o avô morre antes mesmo de o menino chegar ao apartamento. Quem assume o posto informal de guardião é Shlomo (Germano Haiut), um homem que mora no apartamento ao lado.
Os dois personagens criam então uma relação simbiótica, cujo resultado será uma melhor descoberta de quem é cada um, superando preconceitos e adversidades. Isso será fundamental na formação da personalidade do menino, que é filho de um judeu e uma católica, nenhum deles praticante.
O menino acaba sendo 'adotado' por todo o prédio de moradores judeus, fazendo refeições cada dia na casa de um vizinho, e fica amigo de algumas crianças, entre elas a menina Hanna (Daniela Piepszyk), com quem joga futebol na rua. Nem por isso, Mauro deixa de esperar um telefonema de seus pais que prometeram manter contato.
O diretor e co-roteirista não tem medo de fazer um filme emotivo, mas, ao mesmo tempo sóbrio, sem nunca ser piegas ou apelativo. A trajetória de Mauro é melancólica, mas também cheia de irreverência, como a paixão platônica que os meninos nutrem pela bela Irene (Liliana Castro) ou a incessante busca por uma figurinha para completar o álbum da Copa.
O título do filme, aliás, seria "Goleiro", numa clara alusão à posição em que Mauro joga, mas também a uma metáfora do filme. Como diz um personagem, "goleiro é o jogador que está sozinho", exatamente a situação que o garoto enfrenta.
"O Ano em que meus pais saíram de férias" é um dos filmes mais sensíveis produzidos no cinema brasileiro nos últimos anos. Sua temática intimista e a relação entre política e vida pessoal dos personagens remetem a obras como o argentino "Kamchatka" e o chileno "Machuca", que também usavam a ditadura como pano-de-fundo.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Besta sou eu!


Mudança de horário só beneficia emissoras de TV


A proposta do senador Tião Viana (PT-AC) de igualar o fuso horário do Acre e dos outros Estados da região norte com o de Brasília tem um simples e único objetivo: beneficiar as grandes emissoras de televisão como “Globo”, “Record” e “SBT”. Pelo menos dois motivos apontam para tal afirmação. Em primeiro lugar, uma portaria do Ministério da Justiça (1220/07) baixada no último dia 12 de junho obriga emissoras televisivas a adaptarem suas programações de acordo com o horário de cada Estado brasileiro.
Por exemplo, as novelas da Rede Globo só vão poder ir ao ar no Acre às oito da noite como acontece em São Paulo e outras cidades que estão no mesmo fuso que o da capital federal. Essa medida vai obrigar todas as emissoras a se enquadrarem dentro da norma classificativa de programação. Para tanto, o ministério deu um prazo de seis meses para que as mesmas façam os devidos ajustes.
A proposta inicial, levantada pelo deputado estadual Moisés Diniz (PC do B) há alguns anos, tinha como objetivo igualar o horário do Acre como os vizinhos Amazonas e Rondônia. Até ai, nada de anormal. Agora, de uma hora para outra, o senador petista quer mudar o horário do Acre justamente quando as emissoras tentam encontrar uma solução para o imbróglio. Diferente do comunista Diniz, Tião não pensou duas vezes e já quer colocar o fuso horário acreano igual ao de Brasília.
Por que este interesse tão grande ao ponto de o senador mobilizar parte da bancada federal do norte para se reunir com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia? Será que estão levando em conta questões naturais como a posição do Sol ante a Terra? Ou eles pensam que o Meridiano de Greenwich só serve para encher o Mapa- mundi de listrinhas?
O segundo motivo que leva a crer que há interesses das emissoras em mudar o cotidiano de 600 mil acreanos: a presença, na reunião com Chinaglia, do presidente da Rede Amazônica, Phelippe Daou. Foi ele, aliás, quem mais reclamou durante o encontro da mudança imposta pelo ministro Tarso Genro. A Rede Amazônica reuni um grupo de emissoras na região norte que retransmite a programação da toda poderosa “Globo”.
As emissoras reclamam que vão sofrer sérios prejuízos –econômicos é lógico - com a portaria 1220. O senador Tião Viana apresenta a proposta sem ao menos ouvir a população acreana sobre se ela aceita, ou não, esta mudança brusca. Mudança que ai sim, pode trazer danos à vida dos moradores do Acre, para beneficiar única e exclusivamente os grandes empresários da comunicação televisiva.
Texto: Fabio Pontes
Foto: Agência Senado

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

De provisório a eterno!



Na semana passada, pela enésima vez, a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – a CPMF, ou como é mais conhecida, o “imposto do cheque”. Vou refrescar sua memória: sabe toda vez quando você vai ao caixa eletrônico para tirar um simples extrato, e lá no final do papelzinho aparece a mensagem, “será cobrada CPMF por esta operação”. Se lembrou? Pois é esse imposto de que falo.
Ele foi criado, veja só, em 1993 como o nome IPMF e era para ser provisório como o próprio nome sugere. Foi concebido ainda na gestão daquele presidente do topete, o Itamar Franco. O propósito deste imposto, entre centenas já existentes no Brasil, era para suprir a falta de recurso na área da saúde. Combater doenças como a dengue e malária. Isso a malária aquela doença que ate hoje infecta mais de 50% dos moradores de Cruzeiro do Sul.
Era para durar por apenas dois anos. Entrou os tucanos no poder, na figura dele: Fernando Henrique Cardoso. Para economizar dedilhadas no teclado vamos usar a abreviatura mais famosa: FHC. Tudo bem? Pois bem, FHC assumiu o Planalto e gostou do imposto “provisório”. Quem não iria gostar? Afinal era mais uma fonte de recursos que entrava nos cofres do Estado! FHC pensou: para não perder toda esta dinheirama vamos prorrogar. E prorrogou.
Já a partir daí não se podia chamar a CPMF de tão provisória assim, né?!?!?!?! Já no seu segundo mandato, FHC tinha se encantado com a CPMF, e decidiu, mais uma vez, dar mais uns anos de vida à CPMF. Do outro lado do balcão, os petistas vociferavam contra a prorrogação. Até Lula encabeça a turma dos contra CPMF. Com o Congresso ajoelhado, o tucano conseguiu “reprorrogar” –esta palavra eu inventei - o “imposto do cheque”, e a saúde pública continuava um caos.
Quando a ninhada tucana decidiu manter este imposto, a data prevista pára que ela parasse de vigorar é agora em dezembro de 2007. Quem está no poder? Lula lá! Aquele mesmo que junto com sua corja lutava pelo fim do imposto E é ele, vejam só, o assíduo defensor da manutenção da CPMF até 2011 . “Nenhum partido governaria o Brasil sem a CPMF”, já declarou o Lola! E ele, assim como FHC, teve uma vitória importante na Câmara ao aprovar em 1º turno a prorrogação.
Não foi uma tarefa fácil, diga-se de passagem! Os peemedebistas, famintos por cargos no governo, ameaçavam votar contra matéria caso Lula não desse os cargos tão aspirados por eles. Com todo o seu poder de “influência”, o nosso presidente amansou o PMDB: “Lula entrega cargos, libera verbas e CPMF é aprovada”, manchetou o Estadão. Nossa! Quase Lula não conseguiu ter o que queria! Dessa forma até eu governaria o país: soltando dinheiro. E enquanto isso, no reino do mundo da realidade, vamos continuar a ver o nosso suado dinheiro ir para os cofres do governo e depois para o Caixa 2 do mensalão petista e tucano.
Alguém aí duvida que em 2011, seja quem for o presidente, não vá lutar pela permanência da CPMF? Então darei uma sugestão: mudar o nome do imposto de CPMF para CEMF – contribuição eterna sobre a movimentação financeira.
Texto: Fabio Pontes

Em choque


O filme Crash – No limite fala sobre limites, intolerâncias e preconceitos. É mais do que um estudo sobre preconceito e violência; é acima de tudo, uma visão sensível sobre a natureza humana. Graças à série de histórias que se entrecruzam, percebe-se como alguém que num minuto é visto como “vilão” pode surgir, no instante seguinte, como uma pessoa digna de respeito e admiração.

Crash é um filme que relata situações vivenciadas por inúmeros personagens. O filme mostra o encontro de vários personagens totalmente diferentes nas ruas de Los Angeles: uma dona-de-casa e seu marido, promotor público, da alta sociedade; um lojista persa; um casal de detetives da polícia – ele afro-americano, ela latina -, que também são amantes; um diretor de televisão afro-americano e sua esposa; um mexicano especialista em chaves; dois ladrões de carros da periferia; um policial novato e um casal coreano de meia-idade. Todos vivem em Los Angeles e cada um tem sua própria história. E durante 36 horas, eles se encontram em várias situações e limites.

O filme é extremamente interessante, porém preocupadamente confuso ao abordar questões sérias da vida cotidiana. Ao levantar a questão racial retrata a realidade vívida por minorias (no sentido de força política) étnicas, tentando chamar atenção do expectador no que diz respeito ao preconceito. Isto nos faz refletir que a sociedade é complexa e nos mostra que as minorias (no sentido político) sempre tiveram seus direitos postos em detrimento e que, na sociedade, aqueles que historicamente detiveram o poder sempre subjugaram as minorias.

Neste sentido, a Câmara de Rio Branco instalou a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT. A maioria dos vereadores assinou o manifesto em favor da frente, entre eles o Presidente da Casa, vereador Pedrinho Oliveira; o líder do prefeito, vereador Márcio Batista (PC do B); a líder do PT, Maria Antonia e vice-presidente da Casa, Ariane Cadaxo (PC do B), a articuladora da frente. A vereadora aproveitou para apresentar projeto de lei criando o “Dia Municipal de Combate a Homofobia”.

Como manifestação de preconceito invisível a bancada evangélica composta pelos vereadores Jessé Santiago, Jonas Costa e Astério Moreira (PSB), além de Bete Pinheiro e Luiz Anute (PPPS) não assinou o manifesto. Os vereadores evangélicos nada têm contra os homossexuais, mas preferem não apoiar a criação da Frente Parlamentar. Os vereadores George Pires e Juracy Nogueira, ambos do PP, não são evangélicos, mas neste particular, caminham juntos com a bancada evangélica e também não assinaram o manifesto.

Enfim, o filme propõe uma reflexão muito interessante sobre os relacionamentos dentro da sociedade atual. Em um mundo onde nós precisamos nos chocar (crash, em inglês) com as outras pessoas para nos relacionarmos, emocionantes histórias de personagens diferentes se entrecortam em um enredo intenso com desfechos surpreendentes, mostrando que a vida nem sempre é como desejamos.
Texto: Francielle Modesto

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Direitos iguais, nem mais nem menos, com esse tema a semana da diversidade buscou a quebra do preconceito contra homossexuais

Desde que o mundo é mundo o homoerotismo existe. A diferença é que ele pode ser aceito ou não pelas diversas sociedades. É a cultura que determina sua marginalização ou não.
Para combater a homofobia de 11 a 16 de setembro uma intensa programação fez parte do calendário da terceira semana da diversidade que contou com debates, palestras, exibição de filmes e shows musicais.
O encerramento foi com o show da cantora carioca Fernanda Abreu. Mesmo sob a forte chuva que caiu a multidão de mais 35.000 pessoas prestigiou a Parada do Orgulho GLBT.

Mas vale lembrar que o importante é saber que a felicidade vem do exercício pleno dos direitos dos indivíduos. Nesses se inclui o pleno exercício da sexualidade seja ela qual for. A aceitação pessoal é o primeiro passo para se conquistar o orgulho de viver.
Texto Jannice Dantas

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Crônica: O primeiro amor de Clara

Clara aos quinze anos de idade era uma moça divertida e bem humorada. Sempre de bem com a vida, dividia seu dia entre os estudos e o voleibol, seu esporte favorito. Na verdade Clara gostava mesmo era do vôlei e deixava seus estudos sempre para depois, atitude essa refletiva na sua reprovação escolar no final do ano.

Pois bem, Clara aos quinze anos resolveu que iria namorar, afinal já estava ficando velha e como diziam seus amigos, “estava passando do ponto”. Por coincidência a casa ao lado da sua havia acabado de receber novos inquilinos, mãe e dois filhos. Por curiosidade ou não Clara começou a observar o movimento dos vizinhos recém-chegados. Aos poucos ela foi se apaixonando por Henrique, o filho caçula. A paquera era correspondida e alguns meses depois eles começaram a namorar.

Clara estava feliz da vida, Henrique também. Aliás vale ressaltar que ele aos 18 anos já era um verdadeiro cavalheiro. Fazia questão de estar esperando pela namorada na parada de ônibus que ela sempre descia quando voltava da escola e vivia sempre presenteando-a com pequenos mimos, próprios da adolescência.

Aos olhos dos outros eles eram um casal feliz. Brigavam e brincavam um com o outro com a mesma facilidade. Trocavam recados e se controlavam pelas janelas de suas casas. Porém algo no casal incomodava as pessoas. Clara não entendia, achava tudo normal. Gostava de Henrique e ele dela e assim achava que esse era o rumo natural das coisas. Porém Henrique era negro e Clara tinha uma pele que de tão branca parecia algodão. O contraste do jovem casal aos olhos de algumas pessoas não era nada agradável.

Mas Clara que sempre achou que as pessoas deveriam ser valorizadas por seu caráter e suas ações e não pela cor da pele, acreditava que todas as pessoas eram iguais a ela e por isso não percebia que os olhares curiosos e os narizes torcidos que o casal recebia era por causa do contraste das cores. E assim Henrique e Clara seguiram adiante até o fim do amor juvenil e foram felizes enquanto vivenciavam as emoções do primeiro amor.

Texto: Jannice Dantas

Aleac aprova projeto que beneficia índios do estado

A Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou na sessão desta quarta-feira, 19, por 16 votos, projeto de lei de autoria o Executivo “a dor bens móveis necessários ao apoio às comunidades indígenas”. A compra dos produtos a serem doados, é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 16 milhões. As etnias contempladas pela proposta estão localizadas no entorno das BR´s 317 e 364.

Além dos índios, as entidades que trabalham em prol das causas indígenas também vão ser beneficiadas. Entre os itens a serem doados constam desde computadores até kit Casa de Farinha, onde os índios poderão ter a sua própria produção. Máquinas beneficiadoras de arroz também estão inclusas. Desintegradores de grão e barcos não ficaram de fora dos bens doados.
Para o presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), a proposta do governo serve para fortalecer as comunidades indígenas do Acre tanto cultural, como economicamente. Ele completa: “Ao fortalecer estas comunidades você fortalece a cultura destas comunidades e a gente mantém esta nossa entidade acreana e amazônida”.
Segundo Magalhães várias são as atividades adotadas pelas etnias indígenas do Acre e que precisam deste apoio. Por isso, a doação destes Kits Casa de Farinha são essenciais.
Texto: Fabio Pontes